Registro da Cannabis como medicamento para variadas finalidades, remontam 12.000 anos, remontam artigos

Registro da Cannabis como medicamento para variadas finalidades, remontam 12.000 anos, remontam artigos

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Veja o resumo do artigo que investigou a história da Cannabis medicinal e encontrou registros a 12.000 anos atrás, e nos demais períodos até sua proibição.‌

A história da Cannabis medicinal é um fascinante percurso que remonta a milênios, permeando diversas culturas e civilizações ao redor do mundo. Ao longo dos tempos, a planta Cannabis sativa tem desempenhado papeis multifacetados na medicina, desde suas aplicações ancestrais até o cenário contemporâneo.‌

Um artigo chamado “Cannabis: 12 mil anos de experiências e preconceitos” (tradução), afirma que a Cannabis Sativa possui uma longa história que remonta ao período Neolítico, sendo uma das primeiras plantas domesticadas pela humanidade, conforme evidenciado por fósseis. Cerca de 12 mil anos atrás, nas práticas agrícolas iniciais da Ásia Central, a planta já era consumida como alimento, utilizada na fabricação de tecidos e empregada como medicamento.‌

Com o avanço da escrita, registros em diversas culturas mencionam o uso da Cannabis. O livro chinês Pen Tsao, datado a partir de 2700 a.C., descreve o imperador Shen Neng utilizando a planta para tratar dores articulares, cólicas menstruais e alterações intestinais. No Antigo Egito, o papiro Ebers, datado de 1550 a.C., registra mais de 700 formulações médicas, algumas das quais incorporavam Cannabis para o tratamento de dores, distúrbios emocionais e promoção do "bem-estar". Além do uso medicinal, os egípcios também empregavam a Cannabis na produção de papiro, conferindo à planta um status sagrado, representado pela deusa da sabedoria, Sechat, com um adorno na cabeça.‌

No ano 77 d.C., Pedanius Dioscórides, médico, farmacologista e botânico grego considerado precursor das farmacopeias contemporâneas, documentou a Cannabis em sua obra 'De Materia Medica'. Este tratado, composto por cinco volumes, abrange cerca de 1.000 medicamentos simples e fornece descrições detalhadas de quase 600 plantas, incluindo a Cannabis.

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Dioscórides, cirurgião no exército do imperador romano Nero, baseou suas observações em viagens, descrevendo a Cannabis indica, destacando suas propriedades anti-inflamatórias e benefícios para dores de ouvido. Embora seu trabalho seja considerado um manual antigo, o 'De Materia Medica' influenciou as práticas médicas até os tempos modernos.‌

Além disso, entre os anos 110 e 207 d.C., o médico Hua Tuo, considerado o fundador da cirurgia chinesa, residiu na China, descrevendo a utilização de uma mistura de vinho e cânhamo como anestésico em procedimentos cirúrgicos abdominais pioneiros. Esse relato precedeu em 1600 anos a introdução dos primeiros anestésicos na Europa.‌

Nos territórios do Oriente Médio, os textos médicos muçulmanos mencionavam a Cannabis como uma das principais plantas medicinais por volta do ano 1.000 d.C. Conforme documentado nas obras de Avicena, a Cannabis era empregada como diurético, antiespasmódico, analgésico, anti-inflamatório e ansiolítico.‌

Durante a invasão muçulmana na Europa, a planta foi utilizada na produção de papel e tecidos. Contudo, seu uso medicinal não era tão disseminado. Em 1464, o médico Ibn al-Badri fez a primeira descrição do uso da Cannabis para tratar as convulsões do filho do camareiro do califa.‌

Na África, a Cannabis possivelmente foi disseminada por comerciantes árabes que percorriam a rota entre a Índia e os países africanos. No continente africano, a Cannabis era empregada no tratamento de picadas de cobra, analgesia durante o parto, sintomas relacionados à malária, problemas respiratórios e intestinais, atuando como analgésico e ansiolítico.‌

A introdução da Cannabis na América do Sul e Central ocorreu por meio dos africanos, especialmente dos angolanos, sendo essencial no tratamento dos sintomas decorrentes das agressões físicas e emocionais durante o período da escravidão. Esse conhecimento foi absorvido pelos membros da comunidade quilombola durante a era colonial do Brasil.‌

Hoje já são diversos os usos dados para a planta, fora esses tratamentos milenares a Cannabis é utilizada para o alívio de muitos sintomas. É inegável a necessidade de mais investimentos para o estudo das suas propriedades, dado que o preconceito histórico com o uso da Cannabis dificultou em muito o seu entendimento ao longo da história.

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Referências:

Pierro Neto, P. A., Pierro, L. M. C., & Fernandes, S. T.. (2023). Cannabis: 12,000 years of experiences and prejudices. Brjp, 6, 80–84. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20230055-en

https://hempshopper.com/hemp-history/77-ce-dioscorides-described-Cannabis-in-de-materia-medica/

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15/01/2023 | Por:
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